Essa foto acima foi tirada exatamente na manhã do dia 01 de janeiro de 2014. Aliás, gostaria de lembrar que todas as fotos da minha mini foto-novela "De volta para o início" estão colocadas em ordem cronológica. Eu estava faceira da vida, fiz brioches pela primeira vez. Pensei "vamos começar o ano comendo uma coisa nova no café da manhã!". Brioche é a tentação em forma de pão e manteiga. Com certeza é dos pães mais calóricos que existem, e com absoluta convicção, um dos mais deliciosos.
Então meu ano começou amanteigado e fofíssimo.  

Foi um ano de fabricação de pães na intensidade mil. Level hard. Super hard. Toda semana tinha pelo menos um pão novo. 


Visitamos Búzios pela primeira vez, fomos junto com uma colega do meu curso que nos convidou pra passar um domingo lá com ela. 
Aproveitei as férias de janeiro pra dar um pulo em Porto Alegre e ficar alguns dias com minha família.
Em março nós fomos a São Paulo, pra passar um final de semana. Sampa é a cidade perfeita pra se sentir atualizado culturalmente, sempre tem alguma exposição bacana pra ir.


O André se aventurou mais uma vez nos brancos mares enfarinhados da panificação e fez nosso primeiro pão com fermentação natural. Ficou delícia e com uma cara linda, é esse aí de baixo ó:


Em 2014 eu me aventurei e comecei a vender pães para conhecidos. Criei a Urso Azul Pães Artesanais, e foi ótimo porque eu era muito insegura quando saía da minha área de conforto e cozinhava para alguém além de mim e o André. 
Toda semana tinha alguma encomenda de alguém do curso, como a da foto abaixo.


Nós conhecemos um dos lugares que eu tenho o maior carinho do mundo: a Praia do Forte. O lugar é lindo, mágico, encantador.


Minha família ganhou um presentinho lindo: o meu sobrinho <3


E também eu aprendi Ukulele, já que a minha mão é minúscula e meus dedos curtos demais pra conseguir fazer notas em um violão. Até que consegui tocar algumas musiquinhas, mas meu sonho mesmo seria tocar igual esse carinha aqui. Dream on!!!


O ano seguiu seu percurso com naked cake de morango, algumas geleias e o primeiro corte de cabelo do André, feito por mim. Ele não quer nunca mais ir ao cabeleireiro ¬¬


No meio do ano meu curso de Administração acabou, nós fomos no festival de jazz em Rio das Ostras com um casal de amigos, provamos nosso primeiro limoncello (depois de ficar impacientemente esperando um mês a casca do limão ficar macerando em vodca) e o André continuou seguindo o papel dele de pizzaiolo oficial daqui de casa.


Comemoramos meu aniversário e o nosso aniversário. 27 e 7, respectivamente.


Fizemos a viagem mais linda e maravilhosa por Santiago...


...uma viagem toda colorida por Valparaíso...


...pela encantadora-quero-voltar-mais-umas-cinquenta-vezes Villa La Angostura...


e pela charmosa Buenos Aires. Primeira vez que nossos passaportes foram batizados. Foi legal ter sido na América Latina, é bom conhecer e prestigiar o que temos por perto.


E mais uma vez fomos à terra da garoa. Conseguimos curtir a Bienal (ver algumas exposições que não entendemos bulhufas), ir no aquário de São Paulo e em uma exposição que estava tendo do Castelo Rá-tim-bum. 


Teve dias pra comer guacamole com caipirinha de acerola.


E teve dias pra ficar olhando a chuva.


O André fez pela primeira vez croissant, que ficaram divinos!!! Eu nunca me aventurei no mundinho das massas folhadas. Primeiro porque é difícil. Segundo porque é difícil e trabalhoso. Terceiro porque é difícil, trabalhoso e requer um nível de paciência que eu não tenho. 


Conforme o ano foi chegando ao fim nosso trabalho se intensificou bastante, pelo simples fato que colocamos um prazo no negócio. Tanto na prática quanto na teoria, vimos que tínhamos um bocado de coisas pra realizar, tudo foi anotado e tinha uma data limite pra acabar. Pior coisa do mundo: trabalhar sem prazo, é um convite escancarado pra enrolação.


E 2014 chegou ao fim, junto com luzinhas na árvore de natal mais minúscula do mundo, dias em que o sol nasceu de maneira inexplicavelmente surreal, meu panetone de fermentação natural e fins de tarde com o mar calmo.  


Calma, essa foi uma sensação que eu aprendi a construir dentro de mim. Passar pelos vinte poucos anos é engraçado. A gente chega neles a mil pelo Brasil, querendo conquistar o mundo, e então conforme os trinta vão se aproximando percebemos que dá pra ter mais calma. Que a vida não precisa ser essa corrida maluca, e principalmente, que não há mais necessidade de impressionar os outros. Que é ok não ter a carreira mais bem-sucedida do mundo aos 30, o carro do ano e o último iPhone. 
A ambição turbulenta de ter e possuir se transforma em uma ambição serena de ser a melhor versão de si mesmo.

1 comentários:

  1. É muito incrível! Mas teu jeito natural verdadeiro e sincero! Com uma linguagem bem Brasileira, consegue me colocar dentro das tuas postagens das tuas histórias, das tuas viagens! Curto muito e me divirto... Continue assim! Te amo bjs

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